quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Objectivo do dia


p.s : útil, principalmente com alguma irritação no trabalho... Nestes momentos, tento mesmo pensar que quero ser uma pessoa melhor e mais paciente.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pode existir vida em Marte

Foi um dia em cheio para a NASA (e para o mundo e para o universo que conhecemos): a agência norte-americana anunciou que foram encontrados indícios de água no planeta e agora quer descobrir e confirmar se há ou não vida no planeta vermelho.

Sendo assim:
NASA vai enviar três naves e quer levar humanos para Marte
Tudo indica que a fama dada à época dos Descobrimentos é a razão para os portugueses serem os primeiros a embarcar na nave. Altamente posicionados, só mostram um inconveniente: é que para meter lá dentro a nossa classe política (que fazem questão de se estrear na missão), o Obama vai ter de abrir os cordões à bolsa para a construção de mais naves.

Os que estimam não se safar nas próximas eleições, já se estão a organizar em grupos de trabalho: especialistas para definir o PDM de Marte, outros para estudar a área de reserva ecológica onde houver água e ainda um comité de luxo para estudar o modelo de taxa extraordinária interplanetária (coordenado pelo Ministério das finanças, que lá de taxas percebem eles - não venha cá a Nasa com ideias de meter o bedelho!). E porque Portugal também é país de inovação, também vão tentar vender o conceito das SCUTS na Via Láctea.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-09-28-NASA-vai-enviar-tres-naves-e-quer-levar-humanos-para-Marte

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Apoio aos refugiados

Partilhamos neste Ministério algumas considerações práticas sobre a actual crise, resultado de amadurecimento de ideias, semanas de telejornais e convívio com adeptos de teorias da conspiração:

- já temos políticos suficientes, bem como responsáveis de instituições internacionais para discutir o problema em termos geo-estratégicos e raio-que-os-parta Schengen. É fechá-los numa sala a fazer divagações teóricas e negociações europeias, nomeadamente sobre parar de alimentar terroristas.

- em paralelo, uma outra estrutura há-de definir o modelo de apoio logístico de controlo entre fronteiras, identificação etc., idealmente recorrendo à experiência de organizações no terreno. 

- quando oiço que "ah e tal os terroristas vêm lá no meio... são muçulmanos, são radicais" só me ocorre que se vemos alguém em sofrimento, surge uma predisposição natural para agir de forma a aliviar esse estado e a emoção sobrepõe-se à razão (razão essa, a que se dedicam os tais do raio-que-os-parta-Schengen que referi uns pontos acima!). A emoção, em termos práticos, significa dar calor às pessoas, alimento, trata-los como seres humanos dignos que são. E fazer pagar o justo pelo pecador nunca fez muito sentido para mim. 

- o óptimo é inimigo do bom: não é por não podermos acabar com a guerra de um dia para o outro ou responsabilizar os EUA, entre outras teorias que tais, que vamos fechar os olhos e fingir que  não estão a chegar mais de 2000 desgraçados por dia, às portas da Europa, deixando-os lá em "armazém" a atirar comida no meio de arame farpado, ignorando traumas e desprezando a dor daquela gente. 

Discutir tanta merdice sociopolítica a ponto de virar a cara a ajudar quem precisa, para mim é sinónimo de um caminhar a passos largos para corações de pedra.

- Portugal: Somos um povo generoso. Não só o meu coração de voluntária universitária do GASNova começou a pulsar com mais força, como de alguns amigos dessa época. Já podemos estar todos a trabalhar e com as nossas vidas organizadas de forma diferente, mas o instinto de contribuição social pura, permanece. Em menos de um piscar de olhos foi criada a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) - o Serviço Jesuíta aos Refugiados está no núcleo desta Plataforma e tem um trabalho de campo incrível.



No dia da Conferência de apresentação da PAR - Plataforma de Apoio aos Refugiados, eu estava a trabalhar mas tinha uma amiga correspondente - a super Constança Dias!- cujo relatório transcrevo abaixo, para os meus queridos (e)leitores:

1. A PAR foi criada para dar resposta às necessidades dos refugiados que estão a chegar a toda a europa e também a Portugal já no fim de Outubro (previsto).

2. O site da PAR é www.refugiados.PT

3. Tem diversos parceiros e o número de parceiros está a aumentar. Parece-me importante dizer que as várias religiões estão entre estes parceiros, nomeadamente a Islâmica.

4. A PAR criou 2 linhas de acção

a. PAR família – tem por objectivo o acolhimento e a protecção das famílias, com os objectivos da autonomia e independência.

i. O modelo escolhido para o acolhimento é o das instituições anfitriãs
ii. Qualquer instituição pode ser anfitriã – desde escolas, juntas freguesia, câmaras, empresas, com apoio também de outras empresas, pessoas individuais, etc. Usar a imaginação para pedir apoios locais (eu vou apresentar a PAR às Juntas de Freguesia mais próximas de mim).
iii. Critérios para ser instituição anfitriã: Por 2 anos garantir o alojamento, alimentação adequada e acesso aos serviços básicos (saúde, trabalho, educação e aprendizagem de português). Os refugiados vão ter algo como um titulo de residência que lhes permite ter acesso ao Sistema Nacional de Saúde e trabalhar. A instituição anfitriã deve apenas garantir que dará as condições/ajudará à procura de trabalho….não tem de arranjar trabalho propriamente.
iv. Vai haver um contrato de acolhimento para proteger ambas as partes envolvidas neste processo (direitos/deveres).

b. PAR Linha da frente
i. Objectivo – Ajudar os refugiados que ainda não conseguiram chegar cá ou a outros países de acolhimento e que estão por isso nos países em guerra ou em países de “transição” através do apoio local da Cáritas e outros.
ii. Para atingir o objectivo são pedidos donativos financeiros para nib’s da cáritas (ver site cáritas) e de outros que provavelmente hão-de aparecer no site da PAR.

Porquê dinheiro e não géneros?
a. A ajuda é mais difícil de chegar.
b. Muitas vezes não chega em boas condições, nem atempadamente, especialmente em locais de conflito.
c. Diferenças culturais e de climas muitas vezes tornam a ajuda em géneros desadequada (vestuário).
d. Enviar dinheiro permite desenvolver ou manter a economia local, porque em vez de enviarmos de cá géneros, têm de se comprar e produzir lá… o que cria postos de trabalho e é bom para todos os envolvidos…

Resumindo... o que podemos fazer:

1. Partilhar o site e iniciativas da PAR o mais que pudermos entre os nossos contactos (redes socias, boca a boca, carta, bilhete numa garrafa lançada ao mar... todos os meios são bons).

2. Oferecermo-nos como voluntários enviando um email para par@ipav.pt - há um espaço no site com esse fim e depois é só aguardar que nos contactem.

3. Fazer donativos em dinheiro para o PAR Linha da Frente.

4. Arranjar Instituições anfitriãs, que depois também se podem inscrever numa área no site para posteriormente serem chamadas.

5. Desmontar as opiniões "tóxicas" que visem levar a uma rejeição dos refugiados (já todos conhecemos os comentários do costume: "não há para nós, mas agora vai haver para eles", " temos é de cuidar de nós", "os estrangeiros têm de ir para a sua terra" etc etc). Há que combater isto em todas as ocasiões...facebook, conversas de café, jantares familiares (e para os políticos....na assembleia). Ajudar faz parte de ser humano e... ser português é ser humano.

Não há que ter medo de ajudar.
As boas acções trazem em si a promessa de algo melhor para todos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Tiago Bettencourt - o que é nacional é bom

E eu que sou fã há anos do Tiago Bettencourt e ando há dias com os CDs dele em repeat, descubro esta maravilhosa versão exactamente hoje, dia em que este músico excepcional faz anos.

Só um ser humano bom, genuíno, delicado e completo cria uma música e letra assim. Não sei se estarei eu num momento mais atento a alguns versos, mas acredito que esta música seja boa de sentir para muita gente. Estou quase a meditar com ela... Chama-se "Temporal" e é interpretada de forma caseira e simples (o Tiago faz anos e quem recebe presentes somos nós, aqui no Ministério).



Quem o conhece ou já ouviu falar, confirma a atitude humilde e de propósito real com que vive esta entrega à música e isso é inspirador.
Obrigada Tiago. O que é nacional é bom!
Parabéns!

https://www.youtube.com/watch?v=4RJn9vDzhQ4&list=PL6x4yMMr49Vou2k234E4g4WmlWvpEIFIQ&index=11

Temporal
"Enquanto muito se inventa
Apontando para disparar
Enquanto muito se imita
Carregando para arrancar
Porque só sabe quem tenta
Porque só arde o que vem de ti
Porque só cede quem cega
Porque não finge quem é de si

E quando o teu sonho arder no temporal
Tenta-te descobrir
Tenta-te perceber
Guarda para lá do mar o que tentámos ser
Sei que há gente que nega
Sei que há gente sem direcção
Sei que há gente que ferra quando despe imitação
Mas é de ferro esta seta e há verdade noutro lugar
É eterno o poeta
E acredita quem navegar

E quando o teu sonho arder no temporal
Tenta-te descobrir
Tenta-te perceber
Guarda para lá do mar o que tentámos ser
Quando não se confia e quando o mundo nos cerca
Quando o olhar se desvia
Quando o deserto nos cerca
Canta o que te ergue
Que mãos dormentes não vão saber
Canta por quem te segue
Canta para quem te vê crescer

E quando o teu sonho arder no temporal
Tenta-te descobrir
Tenta-te perceber
Guarda para lá do mar o que tentámos ser."

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Guilty pleasure

Se há coisa gira no universo feminino, é quando os nossos gostos evoluem.*
Podemos continuar a gostar do mesmo tipo de coisas mas há um momento em que algo muda e já só gostamos desse mesmo tipo de coisas mas com mais qualidade ou com um toque de sofisticação ou pormenor extra, normalmente acompanhado de um rombo maior no bolso! No entanto, traduz um resultado de je ne sais quoi na autoestima. Observando, concluo que são mudanças internas em que nos valorizamos mais e acabamos por fazer escolhas que as espelhem no exterior.

Por exemplo: sempre gostámos de pijamas práticos de calções, mas a partir de determinada altura já só queremos vestir pijamas de calções da woman secret com um pormenor de renda; ou não ser de nenhuma marca em especial, desde que de 100% algodão (egípcio).
Também há a fase em que mudamos de cabeleireiro e ganhamos a mania de ter um só nosso, pelo menos durante 5 anos e defendemos que só ele (e mais ninguém!!) conhece bem o nosso cabelo para poder mudar o corte!!... Ou quando adoramos sapatos de salto alto, mas chegamos aquela idade em que já só conseguimos comprá-los se forem bem desenhados, com um toque de Adolfo Domingues e não nos lixem a coluna. Sim, sim, porque há quem tenha febre de sapatos e "ah e tal estes são tão giros e tão sexys, pena que só dá para aguentar com eles 1 hora nos pés ou para estrear no casamento da prima..." Vá lá, o vosso corpo não merece isso, a sério. Nem a prima, coitada, que se esforçou tanto a organizar a festa e quer imenso que vocês se divirtam no casamento dela e dancem, como se não houvesse amanhã! E já agora, acrescento: dançar com estilo, sem terem de trocar os sapatos para havaianas a meio da noite.

Passamos a dar mais valor à qualidade resistente, perene e que sabemos que vai acrescentar classe a todas as ocasiões. Um charme discreto. (Não precisamos de entrar em canganças e gastar balúrdios a exibir marcas a torto e a direito - mas acho importante ter a noção que um top básico da Zara ganha logo uns pontos se juntarmos umas boas calças pretas e uns scarpinis potentes!)

E quanto a assessórios? Eu gosto muito de anéis. Sempre gostei mas não tenho muitos por ser difícil encontrar um tamanho tão fino para os meus dedos. E porque, normalmente, quando encontrava um que me servisse , acontecia ser dos mais caros da montra, de alguma marca XPTO e eu pensava... "que exagero, não vou gastar este dinheiro num anel". Então satisfazia-me com peças de prata ou pedras.. Depois veio a fase celibatária em que não comprava anel nenhum ou raramente usava os meus: "Prefiro abdicar de algo que já não me enche as medidas e poupar ou guardar-me para quando houver oportunidade e me apetecer fazer o upgrade".
Pois bem, hoje, depois de semanas a namorar a Calvin Klein, ofereci um presente a mim própria e a fasquia voltou a subir.



Consequências: fico preocupada porque também ando há meses sem conseguir usar nenhum relógio (fase celibatária) e portanto acho que vou ter um rombo grande no bolso nos próximos tempos...

*Há quem tenha o azar de evoluir para pior, mas quero acreditar que não é o meu caso :)